terça-feira, 11 de janeiro de 2011

60, 59, 58, 57, 56...



Sei lá o que houve, suponho que essas coisas não se forcem, apenas acontecem e eu voltei...

            Minha amiga promoveu uma baixaria dia desses. Calma, não vou tornar isso um blog de fofocas – Foi uma “baixaria” na Internet. Mais de uma dúzia de filmes baixados e todos com um tema em comum. Para que saibam do que se tratam, vejam os títulos dos três que consegui assistir – “A proposta”, “Cartas para Julieta” e “Casa comigo”. Tudo isso para animar meu finalzinho de férias – assistir filmes que não exigem muito da massa encefálica. Serviram pra me distrair pelo menos, para dar umas risadas. Mas todos eles com mais do que somente isso em comum – oferecem o final feliz previsível que só Hollywood é capaz, ou seja, o altar como pano de fundo... Ai, ai!

            O interessante é que o mais chatinho de todos foi o que me chamou atenção, porque surpreendentemente apresentava uma idéia original – o que você recolheria em sua casa se ela estivesse pegando fogo e você só tivesse 60 segundos?...

            Basicamente, o cara que pede a mocinha em casamento, apenas o fez porque a preferência da venda do apartamento de seus sonhos seria dada a um casal e não a alguém solteiro. Diante deste fato, a mocinha aperta o botão de incêndio do referido apartamento no meio de uma festa, como forma de “vamos ver no que dá!”

            E lá vai ele ao som do alarme de incêndio recolhendo lap tops, Ipods, eletrônicos de todo tipo e só depois de estar com as mãos abarrotadas de tudo que podia carregar, ele chama – “Anna, vamos! Peguei tudo!” Fica ao fundo aquele silêncio e carinha de decepção da moça. O resto você imagina – Sim, ela casa, mas com outro cara, afinal como pode um final sem casamento?
            E eis que cansada do ar Hollywoodiano, quis mudar um pouco de ares e fui radical – filme brasileiro e toda a realidade proporcionada! “Divã” me mostrou experiências e desejos completamente diferentes, sobre pessoas que escolhem ficar sozinhas depois de anos juntas, que escolhem caminhar na direção oposta. É um filme que marca o desejo de libertação. É sobre pessoas que tornam-se livres para dar vazão às suas instabilidades interiores e passam a beber na fonte original do desejo: o livre-arbítrio e uma capacidade individual de autodeterminação. Aqui, a autodeterminação de aprender e observar atentamente o que estão recolhendo enquanto vivendo, enquanto uma contagem regressiva não muito exata também está acontecendo.

            Tic-tac...

Nenhum comentário:

Postar um comentário