sexta-feira, 30 de dezembro de 2011


Ai, que burro! Dá zero pra ele, professor!

Sabe o que seria realmente útil? Que quando duas pessoas se conhecessem, uma entregasse pra outra um manual sobre si com todas as instruções. Todos os significados, curiosidades, o que deve ou não ser feito ou dito... Enfim, uma cartilha de como agir e o que a vida e as relações significam para aquela pessoa. Isso ia simplificar tanto tantas coisas. E iria evitar tantas outras.

            Provavelmente só eu penso numa coisa descabida dessas, mas acredito que um manual do que fazer e falar (ou não) iria ser um adianto precioso na minha vida em certas ocasiões. Eu sinto de uma forma diferente e tenho passado muito tempo comigo mesma. Ainda que more com meus pais e meu irmão (e seja algo que quero mudar loguinho!!), passo muito tempo comigo e quando se passa algum tempo consigo você dá mais valor às palavras e aos sentimentos quando existe a presença de outra pessoa. Ou pelo menos foi isso que estar a maior parte do tempo comigo provocou em mim. E você não vai gastá-los com qualquer um porque, né... Nunca tem ninguém. Ou seja, quando tem, você não pode desperdiçar o momento. E nem desperdiçar palavras e sentimentos à toa.

            E não tem sensação pior nesse mundo que a de quando você está expondo as palavras mais sinceras pra uma pessoa que é realmente importante pra você e ela não percebe o significado de tudo aquilo. Parece que o coração vai se partir em mil pedaços tamanha a frustração.

            Ou então quando você e outra pessoa aparentemente falam uma pra outra de um mesmo sentimento, ou de sentimentos que se aproximem, mas numa escala de 0 a 10 você sente no 10 e a pessoa no 1, só pra não falar que não sente nada. Desconcertante.

               Como? Como pode isso? Me explica como pode? Tudo bem que hoje em dia "eu te amo" está mais obsoleto do que aquele bom dia que você dá pra vizinha que odeia do fundo da alma, e que só diz porque recebeu educação suficiente em casa. Mas pra mim essa obsolescência não existe. Não quando essas palavras saem da minha boca. E no fim das contas esse é o ponto. Eu sei o tamanho da sinceridade do que sinto, as outras pessoas não. Tem coisa mais complicada que isso?

             Me sinto perdida nesse planeta. Tantas coisas são faladas sem motivo nenhum, sem verdade nenhuma. E não falo sobre frivolidades do dia a dia. Falo de coisas sérias, de sentimentos. Algo do tipo "vou falar o que Fulano quer ouvir pra ele calar a boca logo e eu poder ler meu jornal na santa paz de Deus" e aí vai lá e fala. Assim, fácil, fácil. Sem culpa e sem nada. Sem nem pensar, eu acho.

              Me sinto tão perdida que chego a me achar idiota. Dou tanta importância ao que ninguém dá. A vida não iria fluir muito mais fácil se eu simplesmente não ligasse pra esse tipo de besteira? Se eu não ficasse horas e horas pensando em como alguém me machucou com um punhado de palavras e sequer percebeu?

              No fundo eu sei que fico tentando decifrar o outro como se ele fosse um cubo mágico quando na verdade é um quebra-cabeça de no máximo 30 peças. Mas é como quando se está fazendo uma prova de matemática e essa sempre foi a minha pior matéria, sabe? A pergunta é "quanto é 1+1?", mas daí você olha, olha e pensa que não deve ser simples daquele jeito. Tem uma pegadinha ali. O professor é um mal amado. E daí você começa a calcular a raiz quadrada do quadrado dos catetos e soma com uma hipotenusa que sabe lá Deus de onde surgiu. E aí você já errou a fórmula que nem era pra ter sido utilizada e, pronto, vai repetir de ano pra deixar de ser otário.

É mais ou menos assim que as coisas acontecem na minha vida... Dá zero pra mim!

terça-feira, 27 de dezembro de 2011


Acabo de assistir Amor sem Escalas (Up in the Air). E o que tenho para dizer a respeito, é que este filme trabalha elementos que fazem com que ele não seja o momento mais agradável de nossas vidas.

             Não me entendam mal, não estou afirmando que seja chato. Tem humor nas situações inusitadas e momentos emocionantes sobre o significado das relações e como é sentir-se conectado a alguém. George Clooney interpreta Ryan, um consultor responsável por demitir funcionários que as empresas não têm coragem de dispensar. Sem laços com as irmãs e fazendo o tipo solteirão convicto, passa boa parte de seu tempo em aviões, aeroportos e hotéis.

Como espectador, é angustiante ver que Ryan realmente acredita no que diz: relações humanas não passam de peso na mala que impedem a agilidade da vida.

            Ele é o fruto da contemporaneidade: envolvimentos efêmeros, velocidade como um valor supremo e conexões humanas vazias. É melancólico observar que o único lugar que Ryan se sente conectado é justamente onde todos estão juntos, mas completamente separados – aeroportos. Suas experiências na estrada serviram também de inspiração para uma palestra motivacional para outros executivos. Nela, Ryan prega que você deve viver apenas com aquilo que não é um peso em seus ombros, deixando de lado até mesmo família, amigos e casa.

O filme equilibra entre o humor e a dor. E esses são os elementos utilizados pelos diretores para começar a mostrar os sentimentos escondidos (ou deveríamos dizer controlados?) de seu protagonista.

Todos estes pontos levam ao mesmo caminho: o excelente roteiro que, em alguns momentos, parece que vai cair no clichê 'só o amor constrói' mas dá uma rasteira no espectador, surpreendendo especialmente nos instantes finais. E diante de um roteiro tão primoroso, o elenco abraçou cada diálogo com vontade, sobressaindo em boas atuações.
Corajoso e autêntico,  Amor sem Escalas não cai em ciladas para agradar ao público. Seu protagonista é um cara que não pensa em casar, nem em ter filhos muito menos em assumir um compromisso real (de acordo com os padrões da sociedade), porque o real dele é cada um na sua. Ele não se preocupa em comprar uma casa, ter bens, nada. Ele não quer se comprometer e não faz a menor questão que as pessoas gostem dele. E todo mundo questiona esse jeito tão peculiar, aparentemente solitário, mas que foi uma escolha dele. E a vida é feita de escolhas, não? Simples assim.

domingo, 25 de dezembro de 2011

A impossibilidade do amor
Depois de quase 6 anos de hiato, uma das mai­o­res can­to­ras do Brasiil, lança um novo disco, inti­tu­lado O Que Você Quer Saber de Verdade. Vários par­cei­ros de dife­ren­tes ver­ten­tes musi­cais cola­bo­ram no novo tra­ba­lho, entre iné­di­tas e regra­va­ções. Se uti­li­zando de uma estra­té­gia de divul­ga­ção pela inter­net mais abran­gente do que a do último álbum de Chico Buarque, Marisa lan­çou duas músi­cas e seus res­pec­ti­vos cli­pes antes do CD che­gar as lojas em mais de 30 paí­ses. O disco trata da ‘impos­si­bi­li­dade do amor’, entre músi­cas sola­res e melancólicas.

A faixa-título já empolga na aber­tura do CD: ‘Solte seus cabe­los ao vento, não olhe pra trás, ouça o baru­lhi­nho que o tempo, no seu peito faz, faça sua dor dan­çar’. A com­bi­na­ção de vio­lão e vio­lino com a voz segura de Marisa é majes­tosa. A can­ção é des­crita pela artista como um ‘con­vite ao silên­cio neces­sá­rio para se escu­tar as neces­si­da­des da alma’.
É olhos, é ouvidos... É sensorial! Vá escutar, vá sentir!...

sábado, 24 de dezembro de 2011


“Você não sabe a sorte que tem por ser um macaco. Porque a consciência é uma maldição terrível. Eu penso, eu sinto, eu sofro”.
Craig Schwarts – “Being John Malkovic”

“Sei que esse filé não existe, que a Matrix manipula meu cérebro enviando sinais elétricos e me diz que sabor ele tem. Mas quer saber? A ignorância é uma benção”.
Cypher – “The Matrix”


As Aventuras de Petit Foucault – Parte II
Vivendo as Bênçãos da Ignorância e da Falta de Consciência

            Dia desses Petit Foucault se viu pensativa. O que não era novidade alguma. O que a incomodava na verdade não eram as inquietações em si, mas o por que tinha que sempre parar, pensar e analisar tanto! Parecia estar cansada de ter um cérebro. Sentiu uma vontade profunda de que sua cabeça fosse acoplada ao pescoço por um mecanismo de rosca e que todas as vezes que momentos como esse acontecessem, pudesse simplesmente desrosquear, colocar aquela cabeça pensante bem distante e descansar!

            Permitindo-se ter pensamentos viajantes, mas também reconhecendo a impossibilidade da maioria de seus desejos, recorreu ao que sabia fazer de melhor e que em certa medida lhe produzia um aquietamento – analisar, questionar, investigar... Analisou que estes momentos de inquietação, produziam antes de mais nada uma certa tristeza. Um pesar pelas coisas serem como são, por sentir como sente. E se perguntou se todas as pessoas sentiam assim também. Passou a desenhar exemplos daqueles que eram mais próximos e não demorou muito, percebeu que a maioria das pessoas a sua volta lhe pareciam felizes e satisfeitas com o que tinham, com o que eram e não desejavam muito mais da vida.

            Levada pelos passos quase fatais da “maioria vence”, chegou a supor que então ela é quem deveria estar errada e que muito provavelmente era ela a grande vilã da história! Claro! – Só reclama, só questiona, só blasfema! Que pessoa mais inconveniente!

Porém, não sendo ela dada a momentos que são constituídos apenas de lamúrias, logo viu um fecho de luz naquilo tudo. Não que quisesse demonstrar ser a pessoa mais acrescida de conteúdos, mas tinha plena consciência de que muito daquele incômodo era formado pelas coisas que sabia e que as outras pessoas não. Pra que ficasse mais simples, seria como John Lennon dizendo: “a ignorância é uma espécie de benção, se você não sabe, não há dor”.

Petit começou a admitir que talvez pensar, enlouqueça! E há tempos essa questão debate no trapézio de seus pensamentos. Pensou que talvez ignorar todas as engrenagens que movem as sujeiras desse mundo seja a condição imprescindível para ser feliz, e que o ideal talvez seja ser alienado. E já que considerou o mundo dos alienados um mundo abençoado, concluiu que talvez não passe mesmo de uma amaldiçoada.

E há fontes quentíssimas que comprovam: “Porque no acúmulo de sabedoria, acumula-se tristeza, e quem aumenta a ciência, aumenta a dor”. (Eclesiastes 1, 18)

Continua...

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011


Essa vai pra você que participa ou assiste o show do cincão!!!

E lembrando: Se tiver dúvidas, peça ajuda aos reacionários!

Salve Josi! Salve Dani!

terça-feira, 20 de dezembro de 2011


Da minha demasia humana – Parte (sei lá qual...)

Ontem senti uma necessidade enorme de ficar sentada por todo sempre, olhando com os olhos cegos, parados, assistindo.

Não conseguia me lembrar das coisas, como se de repente me desse conta que estava ali há minutos, horas, como acontece como os loucos nos filmes.  Revivi vários momentos da minha vida em flashes difusos, como os drogados que já perderam a percepção da realidade. Naquele momento, tudo o que eu me apegava era se as pessoas todas passando pela minha frente pensavam, consideravam as mesmas coisas que eu. Considerei o que faz as pessoas felizes, o que as move e o que e quem elas querem manter por perto.

E em um dos acessos mais loucos da existência eu pensei que estamos perto do Natal, do Ano Novo, que essas datas sempre são estranhas pra mim, que mais um ano se finda, que este aqui está imensamente diferente do anterior e que eu não dou a mínima importância para isso, mas eu não queria ficar triste. Porque minha tristeza é daquelas fundas que nunca se apegam ao momento presente -  revive todas as tristezas para que elas juntas façam algum sentido. E eu quis comprar sapatos, eu quis rir risos alegres, eu quis cozinhar, eu quis as coisas simples porque sei que elas que me fazem felizes. 

Foi quando ontem eu quis me abrir, eu quis falar, quis conversar, e as palavras morreram na garganta, com o cansaço dos que lutam a guerra contra o invisível, e resolvi só ir pra casa e dormir.

Porque me lembro agora que só faço merda, que sou invisível, que sou só mais uma, que sou só - só eu.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

It really, really hurts... But I think it's passing day by day...

Alguém já ouvir falar que a noite é sempre mais escura antes do amanhecer?... Então essa pontada deve ter algo de bom: Investir no sossego do próprio coração é algo tão complexo por causa da sua simplicidade. Porque ser simples é uma das coisas que mais dificulta a nossa vida. Investir no sossego do próprio coração é não abrir uma brecha, que poderá virar uma represa, para alguém que não está disponível afetivamente. É prestar atenção nos sinais e indícios que a pessoa dá, do tamanho do sofrimento ou da alegria que ela poderá lhe proporcionar. É saber-se só em quaisquer situações, mesmo acompanhado, pois as consequências de nossas escolhas são absolutamente nossas.

         Investir no sossego do nosso próprio coração é saber que aquilo que está doendo deverá ser extirpado e não manter apego ao sofrimento, por mais que o uso do bisturi cause quase a mesma dor. É proporcionar-se bons momentos divorciando-se de tantos lamentos. É não adiar sofrimento postergando decisões tão necessárias. É não se acomodar com a falta de excitação pelas coisas, pessoas, trabalho. É saber-se merecedor de experienciar um amor inteiro, intenso, extenso, imenso, verdadeiro... Recíproco! É aumentar, um pouquinho a cada dia, o seu tamanho.
 É ter a certeza e a confiança de que as coisas têm um encaixe, mas que é preciso deixar ir, ou ir ao encontro, ou conformar-se com o desencontro, ou esquecer, ou lembrar-se de outras coisas, ou relacionar-se de outra forma.

         Investe no sossego do próprio coração quem 
não rumina o que machuca, quem não fica descascando a ferida impedindo que a mesma cicatrize, quem não se disponibiliza de maneira subserviente e em tempo integral ao ponto de ser desvalorizado ou descartável, quem não aceita menos do que merece: coisas pela metade. Investe no sossego do próprio coração quem sofre, grita, chora, mas cresce! Quem não se repete, quem se surpreende consigo mesmo, quem trabalha o desapego, quem se abre para as coisas que possuem mais calor e sensibilidade.

         Investir no sossego do próprio coração é coisa que não vem com a idade, mas com a ideia de que se pode vivenciar um momento de paz e repouso, 
é desocupar o peito para abrir espaço para o novo, é entregar-se ao desconhecido com inocência e totalidade, é não ter medo de pronunciar verdades, é ser honesto consigo, com o outro.

Investe no sossego do próprio coração quem não se contenta com pouco.

“And I will give up this fight.”

Sabe quando você pira naquela específica música, sem razão aparente e quer colocar no “repeat” zilhões de vezes bem alto?...
Sempre me acontece:


Não precisa me lembrar
Não vou fugir de nada
Sinto muito se não fui feito um sonho seu
Mas sempre fica alguma coisa
Alguma roupa pra buscar
Eu posso afastar a mesa
Quando você precisar

Sei que amores imperfeitos
São as flores da estação

Eu não quero ver você
Passar a noite em claro
Sinto muito se não fui seu mais raro amor
E quando o dia terminar
E quando o sol se inclinar
Eu posso por uma toalha
E te servir o jantar

Sei que amores imperfeitos
São as flores da estação

Mentira se eu disser
Que não penso mais em você
E quantas páginas o amor já mereceu
Os filósofos não dizem nada
Que eu não possa dizer
Quantos versos sobre nós eu já guardei
Deixa a luz daquela sala acesa
E me peça pra voltar

Não precisa me lembrar
Não vou fugir de nada
Sinto muito se não fui feito um sonho seu

Sei que amores imperfeitos
São as flores da estação

Mentira se eu disser
Que não penso mais em você
E quantas páginas o amor já mereceu
Os filósofos não dizem nada
Que eu não possa dizer
Quantos versos sobre nós eu já guardei
Deixa a luz daquela sala acesa
E me peça pra voltar

domingo, 18 de dezembro de 2011

Morreu gente, não é possível!

Dizia um aluno meu certa vez: Hoje em dia, receber um e-mail especialmente e diretamente escrito a você e não responder, é o mesmo que não atender ao telefone. Ouso ir ainda mais longe – é como cruzar com alguém na rua que te disse oi e você não retribuiu.

Concordo com ele! Você pode até dizer que estamos exagerando, sendo extremistas. Mas penso que esses meios de comunicação criam em nós muitas vezes uma comodidade, afinal, quem te escreveu não tá ali pra você filtrar reações, fingir caras e bocas e por aí afora. Você “pode” simplesmente ignorar a pessoa.

Eu acho isso o fim da picada. Tudo bem, não vamos agora responder todo e qualquer e-mail, tipo aqueles promocionais que recebemos ou coisas do tipo, senão a coisa vira uma bola de neve, mas pô... Como eu disse no início – o e-mail foi escrito pra VOCÊ, te perguntou alguma coisa!!! Porque não responder, meu?...

Depois que meu aluno me deu esse ponto de vista, confesso que me senti mais à vontade com uma sensação que sempre tive. Cada vez que escrevo para alguém lhe perguntando algo e esse alguém não me responde, instantaneamente penso – “morreu gente, só pode!”. Por que fico me perguntando que razões outras tem a pessoa para não responder, oras!

Merda! Alguém me responde se tô super reagindo... Alguém me diz se sou só eu que fico com essa sensação. Genteeee.... Por gentileza, quando te perguntarem alguma coisa, responda!!! Diga que sim, diga que não, invente uma desculpa, mas ao menos responda! Pô, que falta de consideração... Alguém desprendeu um esforço ao te escrever, sabia?... Tenha a santa paciência, eu achei que conseguia entender (e aqui admito mais uma vez minha inconstância), mas não, na verdade não consigo!

Pronto, falei!


domingo, 11 de dezembro de 2011


O bicho tem a ver com o seu dono? - Pessoas incomuns e seus animais de estimação

            Disse para algumas pessoas: “Se eu pudesse ser um bicho, seria uma tartaruga. Queria um dia alcançar a paz e a tranqüilidade que essas criaturas passam”.

            Eu tenho um calendário da Seicho-no-iê bem à minha frente. Todo ano é um tema diferente e o deste aqui é a respeito de animais ameaçados de extinção. O de ontem era a foto de uma tartaruga de couro.

            Muitos tipos de tartaruga, não?... Caramba! No meu quarto eu tenho duas de pelúcia...

            Bom, deu pra notar que gosto desse bicho né?... Acho que atraímos as coisas, porque ontem eu ganhei uma!!! Primeiro achei que fosse um tigre d’água, mas agora, ao que tudo indica é um cágado! J

            Mega feliz com meu pet novo que, já tem casa com uma ilha de flores amarelinhas, olha aí... Petit é Sagitariana, já que assumi que ela nasceu no dia em que a encontrei sendo atacada por uma formiga - 10/12/11. E é também um pet do qual eu vou puxar a pata quando me for, porque não tenho a menor intenção de concorrer com a longevidade de uma tartaruga...
           
 Introdução:
Não tem muito tempo, eu escrevi sobre o quão criativamente apelidos surgem. Eu nunca tive um, mas já coloquei vários. Creio que em algum momento isso acontece com você, não é?... O último que coloquei foi para uma amiga que acho extremamente delicada. O apelido tinha referência açucarada – docinho de côco.

            Tudo vai se misturando... Não muito tempo depois de batizá-la com o apelido, comecei a escrever um texto sobre Foucault e contei a ela, que me perguntou: “O que é isso!?” Por causa disso, Henrique teve uma epifania e me escreveu: “Você é também uma espécie de doce, mas um docinho intelectual, você é o Petit Foucault!”

            Com isso, além do apelido ganhei na verdade uma personagem para escrever na terceira pessoa. Sempre quis!!!

As Aventuras de Petit Foulcault – Parte I:
No Confortável Mundo Coletivo

            Estava Petit Foucault caminhando por aí, pensando na vida, quando de repente avistou uma multidão vindo em sua direção. A princípio achou muito estranho tantas pessoas vindo na direção “oposta”. Concluiu esta parte do “oposta” rapidamente, porque estava em visível e notável desvantagem em quantidade. Portanto, deveria ser ela a errada.

            Resolveu cruzar a multidão e não desviar. E enquanto o fazia notava os olhares e comentários indignados dos participantes. Rostos e vozes de estranhamento que quase se juntavam em um coro uníssono e unânime que dizia: “ih, tadinha, essa aí tá perdida”. E foi justamente isso que começou a intrigar Petit Foulcault - Como podia um número tão grande de pessoas migrando para a mesmíssima direção e não surpreendentemente com a mesma opinião?... Estaria ela errada por ser a única do lado mais uma vez, importantemente aspado “contrário”?

            Concluiu Petit Foucault que tomar aquela direção contrária não era mesmo uma escolha fácil, ainda mais levando-se em conta a pressão que era tanta gente junta dizendo coisas que lhe soavam comuns e iguais. E desta forma, mesmo sabendo não se tratar de uma decisão fácil – a de ser uma espécie de párea, era preferível do que estar junto de uma massa de cordeiros que seguem todos para um mesmo rumo e pensam exatamente igual. E quando não pensam igual, tratam logo de se encaixar para não se verem sozinhos do estranho lado de fora.

            É mais confortável, percebeu também. O que fez com que sua escolha fosse mais difícil, mas ela sabia que ainda à frente desse caminho, muitas outras histórias haveria de observar e com elas aprender, afinal essa mesma multidão se ocupa muito de incomodar quem não pensa como todo mundo.

Continua...

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

     Ops! Falei/escrevi demais... (?)

            
         Insônia é uma merda, não?... Não são nem 5 da manhã e já to de pé. E não leve em consideração o horário que aparece nesse post, porque esse blog é maluco e faz isso tudo errado. O curioso é que exatamente há uma semana, eu comentei com alguém que faz dias que não tenho um ataque de insônia e pá, hoje foi me acontecer. E o pior é que quando eu estava prestes a pegar no sono, eu tinha uns pesadelos esquisitíssimos.

Não vou eu aqui querer me redimir, ou dar uma de santa. Quando isso me acontece, eu sei exatamente as razões que me mantém acordada. E quis imediatamente levantar e vomitar tudo via escrita.

Bom,eu falo demais – fato. E agora tenho escrito demais, e sendo meu escrever um canal que põe pra fora tudo que penso, corro riscos de expor demais, eu sei. Existe um preço a se pagar com isso, mas há também uma recompensa, que é a de me entender melhor ao fazê-lo. Ajuda bastante. Mas também condena muito escrever minhas diferentes opiniões sobre diferentes pessoas que passam pela minha vida.

Talvez eu tivesse que tomar cuidado com algumas coisas que escrevo, tem gente do trabalho que visita, tem gente que eu não gosto e torce para minha fodelança que me visita, (tá, tem gente que gosta de mim também, eu sei), mas é só falar "gente me fudi feio" pra neguinho bater palma. Claro que isso mina um pouco querer contar algumas coisas, ainda mais quando são coisas muito legais.

Talvez devesse também ficar cautelosa porque depois de muita porrada até eu canso, mas sabem? Eu escrevo, porque entre um milhão de outras coisas, divido o fato de que normalmente pessoas legais se fodem muito, que eu bebo, falo palavrão, tenho um monte de talentos e defeitos,  falo merda na hora errada, mas que às vezes penso "não vou escrever" porque neguinho né? Vai sambar na minha cara. Antes sambasse, o problema é que sinto (tudo é energia, tá?) dando risos internos porque algo saiu mais ou menos errado, sendo que a vida como um todo não é uma linha reta sem problemas onde todos são felizes.

Eu me sinto no direito de escrever o que quero, ter quantos amigos quiser e escolher, e poder pensar com a minha própria cabeça e expressar. Ler alguém não quer dizer que você compreende essa pessoa, que sequer a conhece, um texto é só um monte de palavras em uma ordem e que cada um dá o significado que quiser. Se você não tem lucidez ou não sabe interpretar textos, deveria ler Cláudia.

Por isso, escrevo mesmo! Vou sim escrever tudo o que eu quiser. Sinto muito se pessoas que gostam de mim se sentem ofendidas ou se colocam na situação descrita. Não faço esse blog para vocês e sim para mim e vocês são os convidados que compartilham da minha visão, dos meus foras, torcem, se entristecem, se alegram e se identificam. Uma demasia humana total!

Foi sendo exatamente do jeito que sou que conquistei meus amigos, meu trabalho, meus alunos e todas as minhas coisas, portanto é surreal que eu me imponha a modificar isso para não magoar essas mesmas pessoas, eu não sou as outras pessoas, eu sou um soco no seu estômago, sou eu quem vai falar "tá gorda sim" e sabe quando isso vai mudar? Nem eu! Sou eu quem vai me incentivar a ir para frente ou desistir. Sou eu quem vai viver na confusão mental de querer ser melhor e fazer as coisas certas.

É de uma bichice sem tamanho que as pessoas pensem nas intenções por trás da intenção, no que está escrito por trás do que está escrito, no que eu realmente quero dizer... sabem o que quero dizer? Na maioria das vezes porra nenhuma! Vocês acham que tenho algum recado especial para a humanidade? Escrever para mim é abrir a cabeça e deixar que a pressão saia como em uma panela, sequer me lembro direito o que escrevi depois de uns dias, portanto não dêem atenção demais aos meus devaneios ou pensem que estou infeliz quando escrevo algo que denote isso. As minhas insatisfações são minhas, passam rápido assim como a maioria das emoções de todo mundo.

É cansativo que as pessoas julguem, não pelos julgamentos, mas porque é uma merda ser julgada por gente que não sabe ler. Ou que compara a própria vida à minha. Vou te falar uma coisa: me julgar não faz transferência de brilho, você não fica mais legal se ri dos meus problemas, você continua sendo a mesma pessoa, e eu também!

Então, vou escrever e falar o que quiser, porque adoro meu blog como adoro meus cadernos e adorava meus diários, porque todos eles fazem parte de mim, foi algo que criei, é meu, independente do conteúdo, é meu.

Portanto, não adianta mesmo achar que modificarei uma vírgula se não por mim e para mim, e se me preocupo remotamente com algo que possa vir de algumas pessoas é pelo simples fato de não querer me aborrecer e não porque a situação em si me incomoda. Vocês ficariam chocados para o tanto que não me importo para algumas coisas tão primordiais para a sociedade e como acho tudo absolutamente flexível contanto que não seja o caráter de um homem.

Então não achem que tomarei cuidados extremos com "quem lê meu blog" porque eu realmente não me importo esse tanto, vou continuar escrevendo o que vier pela minha cabeça porque é isso que me satisfaz. Não gostou? Acha que abro minha vida, que falo demais, que as pessoas terão poder sobre mim? Acho minha vida interessante o suficiente para dividir com outras pessoas a minha (minha minha minha e minha) visão sobre as coisas.

Se você acha que meu senso de importância é muito grande, saiba que esse nem de longe é o meu pior defeito.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ódios mortais... Sangue no zóio

Todo mundo tem coisas que tiram do sério, né?... Coisas que te transformam.... Em uma pessoa de normal à alguém irreconhecível. Eu, me metendo a enquadrar me nos perfis da normalidade (vai sonhando, nêga!!) também tenho disso, e aí, meu filho, é melhor correr nessas horas.

Eu tenho uma listinha. E você não vai crer que as três podem acontecer em um único dia. Quase isso. Hoje foram duas:

  1. Vi uma barata no meu trabalho. Pensa que eu já não tenho muito fama de professora com grau de sanidade muito elevado, então calcule o que meus pobres alunos pensam de mim agora que me viram aos berros por causa daquela lazarenta nojenta?... (sim, tenho um medo irracional de baratas!)

Bom, e por aí vai...

  1. Odeeeeeeeeeio que me assustem!!! Não importa se foi ou não de propósito. Sei lá, parece que eu viro do avesso, é de tirar o cu do centro!!!  E hoje na aula de espanhol eu tomei um daqueles de quase cair da cadeira.... Que raiva!!! Nem consegui me concentrar depois disso.

Bom, já foram dois. Quando me dei conta de que três coisas que mudam meu humor tinham me acontecido num único dia, pensei que aquilo talvez fosse uma maré de azar e nem me atrevi a proferir o mal fadado “só me faltava agora alguém gritar comigo, né” Pois o dia ainda não acabou e vai que alguém grita?... Pois é, é isso... Odeio que gritem comigo. Me provoca uma reação, sei lá... É muito estranho.

Ah, eu também odeio que peguem no meu pé (lembrei agora), mas não pegar no sentido figurado... É pegar mesmo. Não põe a mão no meu pé, tenho um trauma de infância... E só de escrever isso, pensei que tenho mais chances de hoje alguém gritar do que pôr a mão no meu pé, né?...

Nossa, que sorte a minha!... É como escolher entre ser atacada por vespas gigantes e sanguinolentas ou um bando de macacos canibais.

Meu dia foi lindo, gente!!! :D
A very nice student of mine was wearing this T-shirt today and I’d like to share, because it’s really creative. Rs:

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Pensa numa pessoa original!!! Afinal, não é tudo um grande “vivendo e aprendendo”?

Hoje, através do meu amigo, eu entendi o que tanto estava me incomodando, por não saber verbalizar, não saber as palavras certas – Tipo, essa pessoa me intriga, mas eu ainda não sei bem ao certo o que pensar a respeito, no porquê do incômodo. Mas como compartilhamos de uma mesma sensação a respeito, agora consigo dizer com todas as letras, em alto e bom som:

Ô pessoa sem eco, escuta essa: Pra mim, tu é uma grande farsa, tá?!

Uau! Melhorou muito, tipo uns dez quilos a menos... Boa noite!


J Bom dia sol, Bom dia pássaros, Bom dia árvores!!! J

Às vezes eu queria ser menos “felizinha”, sabe?... Sério! Ninguém gosta de professor mal humorado e de cara fechada, né?... Mas olha, deixa eu te falar uma coisa simples: Eu tenho esses momentos de ficar quieta às vezes, sabe?...
(Pode rir! Mas eu tô afirmando, mesmo sendo a pessoa mais falante que você talvez já tenha tido o prazer ou o desprazer de conhecer, eu tenho os meus momentos de quietude, sim!)
            
        E aí, não quero conversar com ninguém, na verdade não quero nem é olhar pra cara de ninguém. Sabe aquela coisa de achar que mãe é um ser perfeito e que nunca dá mancada?... Que nada! Aquilo é ser humano igual a você, e como tal, tem seus momentos de “monstros à solta!”
            
       Eu não sou mãe, e também não sou um ser perfeito e com felicidades à granel pra distribuir só porque sou professora!!! Cara, você não sabe o trabalho que dá catar monstro por monstro todo dia quando acordo, trancafiar eles em lugares que às vezes até me esqueço onde são e meter a cara no lindo dia que está à minha frente!
            
         E vamo que vamo!!!! Êêê!!! =/
Eu fico puta!!!    

Hoje eu ia escrever sobre qualquer outra coisa, mas o primeiro e-mail na minha caixa me fez mudar totalmente de idéia.
            Todo mundo sabe que me ligo em astrologia, e olha o que tava escrito lá hoje:
“Durante esses dias, a sua relação com as pessoas amigas se torna importante. É um momento em que a aproximação emocional com as suas amizades pode render conversas sensíveis e enriquecedoras para todos. Até mesmo assuntos de trabalho podem ser favorecidos por um momento em que você está com o seu carisma em plena forma e as pessoas gostando de você de graça.”

Rá, faz-me rir!!! Isso tudo me fez pensar muito – relações interpessoais. E atenção para as palavras grifadas, porque me fizeram até gargalhar... Às vezes eu acho que eu sou a única pessoa com alguma sanidade mental que sobrou vagando por esse mundão de Deus. Sério, gente!!! Acho que os mais recentes acontecimentos me abriram os olhos, aguçaram meus sentidos pra cada bisonhice humana, que eu vou te contar, meu! E aí que tudo isso me deu uma vontade imensa de descascar alguns abacaxis. Como tá escrito na descrição desse blog – “eu não escrevo pra ninguém, eu escrevo pra mim, eu me entendo escrevendo!” :

1.    Sem nenhuma pretensão ao prêmio originalidade, a primeira dedicatória é: E viva as diferentes opiniões!!! E é verdade! Mas tem umas que eu realmente já desisti de entender. Distâncias quilométricas, cara! Às vezes se cruzam e se esbarram, mas às vezes a distância/diferença faz a conversa ficar quase inaudível. Acho que a minha sujeirinha me conferiu um algo mais ao cérebro para perceber que tem coisas que não vão... Não por maldade de nenhuma das partes, mas simplesmente não vão, oras! Essas conversas tem horas que me parecem estar se passando entre uma salamandra e um colibri. Sinto que tô filosofando, divagando, viajando demais... E um desses dois bichos uma hora vai dizer ao outro: “olha na boa, esse seu papo já me deu no saco, vou só levantar o dedidnho pra você e largar um – não tô interessada!” E sinceramente, não restando dúvida alguma de que a salamandra sou eu, sei que quem vai levar uma dessas do colibri logo, logo serei eu... rs! Não vai dar gente, não rola, não gosto de certas ideias e o pior – posturas e atitudes que fazem de tudo pra se convencerem e convencerem aos outros que não desdenham, que não concluem precipitadamente, mas os fazem sim! Em tantos aspectos... Isso me cansa! Essa minha disponibilidade me cansa!!!

2.    Inveja é foda, né não, minha gente?! E pessoas que não sabem o que querem e se “dezdizem” o tempo todo? Honestamente, eu ando assustada com tanta bizarrice. Como assim, a pessoa se desmente o TEMPO TODO?.... A pessoa só se convenceu de uma coisa nessa vida: de que tem que tomar um partido, mas como ainda não sabe muito bem quem é e do que gosta, joga nos dois lados. Pra ficar bem com time A, fode o time B e vice versa. Distorce tudo que a gente fala, distorce até o que ela própria fala, faz um puta carnaval por causa de bosta e depois se faz de vítima. Tudo bem que você tentou descaradamente me queimar pra todo mundo. Mas também foda-se, porque entre outras coisas, meu cabelo é bom, e minha sobrancelha não parece ter sido desenhada por Salvador Dali...

3.    Ah, então você vai ficar semanas sem me ver e quando me encontrar vai querer saber tudo da minha vida – novidades, good e bad news e eu, imbecil como sou pra esse lado malicioso da vida, te conto tudo e mais um pouco. Quando se esgota o meu arsenal de coisas pra contar, fico esperando o mesmo de você e o que acontece?... Nada! Você não tem nada pra contar?... Como assim? Não te aconteceu nada, porra?... Sua vida pessoal não existe, só existe a minha?... Aqui, farropilha! Isso aí! Enche até a boca o seu saco contendo as novidades da minha vida. Tenho até medo do lugar pra onde você arrasta isso aí. Mas, como você gosta tanto de novidades, tenho uma fresquinha pra você: fontes secam, tá?!

4.    E a inveja que vem disfarçada de “mas eu só queria seu bem!”??? Ah, pelo amor de Deus!!! Quem é que essa gente acha que convence com esse dircursinho de merda?... E o pior é que quando a pessoa é podre, ela não é podre em um único aspecto da vida dela, é podridão por todo lado... E junto com essa apêndice xexelenta que vai com elas pra todos os lugares, elas juram que vão convencer meio mundo de suas intenções sujas e baixas! Não me assusta a pessoa que é chata e que carrega a carranca e a placa piscando – sou uma cuzona. Não mesmo! Mas sabe o que me dá um cagaço?... Gente que paga de legal, de compreensiva, de aberta ao diálogo e quando você menos espera tá lá – comprando ingresso, sentando na primeira fila e aplaudindo de pé o espetáculo da minha fodelança!

É isso, tinha que desabafar. Esse horóscopo me tirou do sério logo cedo! Mas eu tô bem... RS...