terça-feira, 17 de janeiro de 2012


As Aventuras de Petit Foucaul III - Freud Maria e o Falo Imaginário

A historinha que vim contar hoje é sobre a mais nova amiga de Petit Foucault. Primeiro, gostaria de narrar como se deu esse encontro e enfim apresentar a nova parceira.
            
     Você já deve ter ouvido falas como “Eu queria ter nascido rico!”; “Eu queria ter nascido em outra época”; “Eu queria ter nascido assim, assado, aqui ou ali” e mais um montão de blá blá blá...
           
     Foi esse querer-nascer-diferente que despertou o interesse de Petit Foucault ao observar o comportamento da analisada bola da vez. Por que existe essa negação daquilo que se é e daquilo que se tem? Porque há um desejo por algo que não corresponde à sua realidade? E todo esse questionamento surgiu diante da seguinte manifestação: “Eu queria ter nascido homem!!!”
            
     Embora aquilo tenha intrigado Petit, logo percebeu que sozinha não poderia concluir os porquês de tal afirmação, pois ela tinha um cunho de sexualidade frustrada e essa definitivamente não é a área de análise de Petit. Neste momento aproxima-se dela alguém que lhe oferece ajuda. Chama-se Freud Maria e adora analisar o comportamento humano a partir do inconsciente e da sexualidade. Perfeito!
            
     Dizia Freud Maria a respeito da citação que intrigou Petit: “Percebe quantas pessoas ao seu redor comportam-se como se fossem as donas da verdade, não aceitam não como respostas e se acuadas e questionadas rapidamente dão conta de literalmente botar no rabo de alguém? Pois é... Observe! No caso da pessoa que afirma um desejo de querer ter nascido homem, isso na verdade é uma grande frustração. O que um homem faz sexualmente falando que o difere de uma mulher?... Oras, ele tem um pênis! Que agora adiante, vamos chamar de falo. Vamos lembrar aqui, que a sexualidade para Freud Maria não é restrita, ou seja,  apenas genital. Tem um sentido mais amplo – toda e qualquer forma de gratificação ou busca do prazer. Então a sexualidade neste sentido amplo existe em nós desde o nascimento. Na menina se manifesta pelo fato de descobrir que não tem o pênis-falo, e com isso sente-se prejudicada, tem “inveja do pênis”. Ao perceber que a mãe também não o tem, passa a desvalorizá-la e nessa medida, se dirige para a figura do pai, dotado de falo e portanto cheio de poder e fascinação. O que provoca inveja não é o pênis anatômico, mas o pênis-falo, o objeto fálico, que tem o sentido de completude e de plenitude narcísicas.”

     Completa Petit, completamente entendida do assunto agora: Ou seja, existem pessoas que possuem um desejo de poder e dominação imenso e quanto não o tem, frustram-se manifestando um descarado disparo de justificativas que punem sempre o mais próximo, nunca assumindo sua culpa, porque isso em seu ver traduziria uma “impotência”. E para quem “quem queria ter nascido homem”; para quem inveja e deseja ter um falo, impotência é inadmissível, não?...

3 comentários:

  1. Putz!!!! A-M-E-I!! Porque tanta clareza?? Chego a visualizar as coisas quando você escreve Fá... e pior...nem dó desta raça de hipócritas não consigo sentir..apenas o desprezo. Poxa...desprezo..que palavra pesada para se referir ao ÚNICO sentimento por alguém.

    ResponderExcluir
  2. Ow yeahhhh!!! Medo??? Medo nada, é pânico!!!

    ResponderExcluir
  3. Felicitaciones por su explicación, me gustaría también felicitar a la Señorita Freud María y su falo alado que siempre me dan grandes aportes sobre la locura de las personas les gusta joder el culo ajeno.
    Muchas gracias!

    ResponderExcluir