quarta-feira, 23 de novembro de 2011


Gente, antes de tudo: Adoro, adoro ela:
Que nada nos limite, que nada nos defina, que nada nos sujeite.
Que a liberdade seja nossa própria substância, já que viver é ser livre. Porque alguém disse e eu concordo, que o tempo cura, que a mágoa passa,
que decepção não mata, e que a vida sempre, sempre continua.
Simone de Beauvoir

O que me moveu a reunir essas ideias hoje, foi uma leitura que fiz. Dizia assim: “aprenda que as únicas pessoas que fariam de tudo por você são aquelas que já te amavam antes mesmo de você nascer”. Imediatamente me lembrei do meu primeiro sobrinho. Porque ele é exatamente isso pra mim – eu tinha quase quatro anos de idade, mas me lembro claramente de ficar hipnotizada quando olhava a barriga da mãe, esperando por ele. E de lá pra cá venho dizendo pra ele e pra todo mundo: eu sempre amei o meu sobrinho, mesmo antes de ele vir me conhecer!

Uma coisa sempre leva à outra. Esse texto é para ele!

Há umas semanas ele me disse assustado que havia sonhado comigo. Sonhou que eu tinha morrido. Por curiosidade e para deixá-lo mais tranqüilo, fui procurar o que aquilo significava e tamanha foi minha surpresa ao encontrar a seguinte definição: “sonhar com a morte não anuncia a morte física em si, só afirma que algo morreu, no sentido de desaparecer. O sonho com a morte quer dizer que algo terminou definitivamente em qualquer aspecto pessoal, profissional, sentimental ou mental da pessoa”.

Contei ao meu sobrinho os vários acontecimentos que estavam me atravessando e ele aliviado: “Então foi isso, o sonho é uma demonstração de como na nossa ligação, eu pressenti em sonho as suas decisões”.

E assim tem estado as coisas desde que tomei essas séries de decisões:

Tá difícil, tô triste, tô magoada, tá foda, tá tudo estranho. Mas, tô aqui, tô de pé! Engraçado como para algumas pessoas é natural procurar nos outros, aquilo que negam nelas. Quando julgam, quando apontam, quando tiram suas conclusões limitadas e pequenas, mas não tem nada não! Bonito mesmo é essa coisa da vida: um dia, quando menos se espera, a gente se supera. E chega mais perto de ser quem na verdade a gente é.

Outra coisa que tenho observado é minha pouca paciência. E totalmente sem rodeios digo que tenho pensado que antes ser antipática do que falsa. Afinal, o que é ser simpática? Fingir que gosto de todo mundo? Então, meu caro, se eu não for com a sua cara, não conte com a minha simpatia. Chega de confundir falsidade com educação! Eu sempre digo que não gosto de pessoas simpáticas demais. Pessoas muito fofas me enjoam. Posso ser sincera demais, e ter imagem de grossa. Mas no final, sou mais verdadeira que muitas pessoas à minha volta. Há quem duvide, mas amo todo mundo! Alguns eu amo ter por perto, outros eu amo… evitar, outros eu amo bem longe de mim… E tem aqueles que eu amaria nem ter conhecido.

Eu prefiro as pessoas que conseguem ver o lado claro das coisas, mesmo que todo dia anoiteça. Gente que se abala com os fatos sim, mas que não quer derrubar a estrutura do outro só pra vê-lo no mesmo nível em que estão. Com o tempo a gente aprende que todos têm o ônus e o bônus, mas poucos conseguem carregar dores e doçuras sem despejar em ninguém suas amarguras. Eu ainda acredito mais em sonhadores incuráveis do que em caçadores de mágoas.

Sou pessoa de dentro pra fora. Minha beleza está na minha essência e no meu caráter. Acredito em sonhos, não em utopia. Mas quando sonho, sonho alto. Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente. Sou isso hoje... Amanhã, já me reinventei. Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim. Sou complexa, sou mistura...  Me perco, me procuro e me acho. E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar... Não me dôo pela metade, não sou meio amiga nem quase amor. Ou sou tudo ou sou nada. Não suporto meio termos. Sou boba, mas não sou burra. Ingênua, mas não santa. Sou pessoa de riso fácil...e choro também!
  
Ando mesmo precisando de surpresas... De aventuras, de coisas que me tirem do sério. Eu caminho pela vida desviando do tédio... Adoro as surpresas que a vida me prepara, ela me pega de jeito e é por isso que adoro ela.  Sinto as coisas boas da vida e sorrio :) O Futuro anda me preparando coisas deliciosas...

E pra fechar: A vida é feita de escolhas. Quando dou um passo para frente, alguma coisa fica para trás.

terça-feira, 22 de novembro de 2011


Fiquei o dia todo assistindo filmes e séries em inglês. Tendo estado mergulhada e cercada daquele ambiente, senti uma necessidade de expressar a veia da inspiração na mesma língua naquele dia. Mas hoje, muito mais em contato com a minha própria identidade e língua em carne viva, não tão à minha vontade em contato com tudo aquilo que ainda não entendo, senti que deveria expressar melhor, desenvolver melhor. Dizia eu: sinto cada dia mais o enorme abismo que me separa das pessoas. E isso, entre outras coisas tem produzido em mim um enorme cansaço!
           
Cansaço de achar que quem construiu o abismo fui eu... Estou cansada de fingir que as pessoas são interessantes quando na verdade não são, e não sabem falar de outro assunto que não elas mesmas, cansada das pessoas que acham que são tão importantes que mais nada no mundo as interessa, a não ser elas mesmas. Cansada de fingir um interesse na vida alheia, quando na verdade tudo aquilo me entoja. Cansada de quem acha que tenho que agir como a maioria, como uma vaquinha de presépio e não se percebe que eu tenho vontade própria. Mas mesmo muito cansada de quem assiste esse desfile de mergulhos rasos e aceita como é. Estou cansada do lugar comum, das frases feitas, opiniões rígidas, de gente dura que gosta que sejamos condescendentes com suas fraquezas. Estou cansada dos fracos, dos tolos, dos que tem caráter flexível demais - sempre moldando as coisas conforme seus benefícios. Estou cansada de ser hipócrita, atriz, subserviente a coisas que me ensinaram como certa, mas que nunca concordei, cansada de quem tenta me convencer a ser diferente, a ser menos para me igualar à maioria. Cansada de não fazer parte da multidão, de parar e pensar o tempo inteiro. Cansada de ter um cérebro, cansada de querer desistir, cansada demais para distinguir.

            Mas “se eu fosse a primeira a voltar pra mudar as coisas que fiz, quem então agora eu seria?”...

Cansada da inveja que se camufla em amizades que talvez nunca tenham tido uma existência real. Da inveja que se esconde atrás de uma intenção, de uma desculpa de defender, mas que de boa nada tem, como toda inveja na minha opinião não tem, e me desculpem aqui os defensores da tal “inveja boa”, que é o maior engodo que eu já vi! Cansada de me policiar para não divulgar minhas conquistas, alegrias e prazeres, porque despercebida como eu sou não noto que isso incomoda os outros e muito! Cansada de gente que procura a quem responsabilizar. Pessoas que fogem dos problemas que elas mesmas criaram, das que fazem pouco-caso dos próprios compromissos, perdem prazos e não tem palavra. Cansada de quem acha que merece uma fatia maior do bolo porque conhece “alguém-que-conhece-alguém”. Gente que se acha espertinha e que se aproveita daqueles que não aspiram tanta inteligência assim. Dos favores que os outros acham que devemos. Cansada dos que parabenizam os medíocres e invejam os vencedores, cansada de sorrir para quem só está onde está por razões obscuras. Cansada de não enxergar de onde sai a maldade.

 Cansada de incontáveis “John armless” como diz o Henrique. Que estão presentes nas horas desfrutáveis, mas rapidamente se retiram quando algo os compromete.

Estou cansada de não ser egoísta, de me ferrar por levar tanto os outros em consideração. Muitos desses “outros”, que nem a unha do meu dedão encravado merecem, como diz o Vartinho... De aceitar sem oposição que as coisas caminham de um jeito porque assim tem que ser. Cansada da mediocridade, incompetência e da carência alheia.

Por aqui com as minhas desistências, com a minha preguiça, com todo potencial desperdiçado com todas as desculpas que arrumamos para fazer nada.  Estou exaurida da falta de planos, das coisas que me imobilizam, me prendem, me sufocam. Cansada de me cobrir, de encobrir, de me esconder, de calar, de falar demais, de me desculpar, de me explicar. De ser a primeira “a prever e poder desistir do que for dar errado.”

“Nem nos importamos, de tão cansados que estamos.”

Estou cansada dos cegos, dos surdos e aduladores. Exausta das pessoas que exaltam minhas qualidades como se eu não as conhecesse e me escondem meus defeitos como se eu também não os conhecesse.

            Um cansaço, um peso... Uma distância! Tudo que me soma e que me resulta. E “se o que eu sou é também o que eu escolhi ser, talvez deva aceitar a condição (aceitar com pesar os abismos). Vou levando assim, que o acaso é amigo do meu coração. Quando fala comigo... Quando eu sei ouvir...”

            “As ruas aquecem a urgência do agora. E como eu vejo, não há ninguém por perto...”
Agora não dá pra escrever nada sério... Aguardando para escrever sobre o meu cansaço...

Eu sou uma pessoa lúcida na minha loucura, permanente na minha inconstância, inquieta na minha comodidade.
Amo mais do que posso e por medo, sempre menos do que sou capaz.
Quando me entrego, me atiro e quando recuo, não volto mais!

domingo, 20 de novembro de 2011


Nas minhas humildes palavras:
Foda-se! Eu não sou todo mundo!!!

Agora, respeitosamente, nas de Gil Vicente:

Auto da Lusitânia, Gil Vicente
Todo o Mundo e Ninguém

Entra Todo o Mundo, rico mercador, e faz que anda buscando alguma cousa que perdeu; e logo após, um homem, vestido como pobre. Este se chama Ninguém e diz:

Ninguém: Que andas tu aí buscando?

Todo o Mundo: Mil cousas ando a buscar:
                         delas não posso achar, 
                         porém ando porfiando

                         por quão bom é porfiar. 

Ninguém: Como hás nome, cavaleiro?

Todo o Mundo: Eu hei nome Todo o Mundo
                         e meu tempo todo inteiro
                         sempre é buscar dinheiro
                         e sempre nisto me fundo.


Ninguém: Eu hei nome Ninguém,
               e busco a consciência.


Belzebu: Esta é boa experiência:
             Dinato, escreve isto bem.


Dinato: Que escreverei, companheiro? 

Belzebu: Que Ninguém busca consciência.
              e Todo o Mundo dinheiro.


Ninguém: E agora que buscas lá? 

Todo o Mundo: Busco honra muito grande.

Ninguém: E eu virtude, que Deus mande
               que tope com ela já.


Belzebu: Outra adição nos acude:
              escreve logo aí, a fundo,
              que busca honra Todo o Mundo
              e Ninguém busca virtude.


Ninguém: Buscas outro mor bem qu'esse?

Todo o Mundo: Busco mais quem me louvasse
                         tudo quanto eu fizesse.


Ninguém: E eu quem me repreendesse
               em cada cousa que errasse.


Belzebu: Escreve mais.

Dinato: Que tens sabido? 

Belzebu: Que quer em extremo grado
              Todo o Mundo ser louvado,
              e Ninguém ser repreendido.


Ninguém: Buscas mais, amigo meu? 

Todo o Mundo: Busco a vida a quem ma dê.

Ninguém: A vida não sei que é,
               a morte conheço eu.


Belzebu: Escreve lá outra sorte.

Dinato: Que sorte? 

Belzebu: Muito garrida:
              Todo o Mundo busca a vida
              e Ninguém conhece a morte.


Todo o Mundo: E mais queria o paraíso,
                         sem mo Ninguém estorvar.


Ninguém: E eu ponho-me a pagar
               quanto devo para isso.


Belzebu: Escreve com muito aviso.

Dinato: Que escreverei?

Belzebu: Escreve
              que Todo o Mundo quer paraíso
              e Ninguém paga o que deve.


Todo o Mundo: Folgo muito d'enganar,
                         e mentir nasceu comigo.


Ninguém: Eu sempre verdade digo
               sem nunca me desviar.


Belzebu: Ora escreve lá, compadre,
              não sejas tu preguiçoso.


Dinato: Quê?

Belzebu: Que Todo o Mundo é mentiroso,
              E Ninguém diz a verdade.


Ninguém: Que mais buscas?

Todo o Mundo: Lisonjear.

Ninguém: Eu sou todo desengano.

Belzebu: Escreve, ande lá, mano.

Dinato: Que me mandas assentar?

Belzebu: Põe aí mui declarado,
              não te fique no tinteiro:
              Todo o Mundo é lisonjeiro,
              e Ninguém desenganado.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Porra! Você não tem aquela escritora, autora, compositora, enfim, aquele ser iluminado que você lê suas obras e pensa: Cara! Porque eu não escrevi isso?... Sinto do mesmo jeitinho!!! Rs... E os grandes homenageados de hoje são.....
(1):
Acordei hoje com uma nostalgia de ser feliz
Eu nunca fui livre na minha vida inteira
Por dentro eu sempre me persegui
Eu me tornei intolerável para mim mesma
Vivo numa dualidade dilacerante
Eu tenho uma aparente liberdade
Mas estou presa dentro de mim
Clarice Lispector


 
(2):
Esquecer é uma necessidade!
A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa apagar o caso escrito.
Machado de Assis

terça-feira, 15 de novembro de 2011


Again: É muito diferente amar e odiar em diferentes línguas...     

Look! It’s not that I think I am the most amazing people of the world considering the things that I appreciate and all the rest of the world doesn’t. But let’s face it! It’s really hard to find people who are really connected to the things that I consider important and not only living a fad moment with the kind of music, movies and arts in general that are close to me.

            It’s been a long time that I think about these things and apparently (just because inspiration is like that – it gets you when you don’t expect) today, when is the last day of a long holiday I thought more than usual. Memories have been following me these days. It seems that every and each thought I have during the day is directly linked to the things I am so desperatly and anxiously longing to watch leave me.

            But as I was saying, today is the last day of a long holiday. I had many of these. And right now the memories of them are crossing me through, and the strongest one is about leaving. Leaving is never easy. You know, when that final moment arrives and you have to pack and say goodbye to whatever you’ve been in touch for the last days? – the people, the place, the food, the silence, I mean.. everything you’re not going to see tomorrow when you go back to real life. That’s sad and everybody who is leaving knows that, but they also know life must go on and efforts must be made.

            At this very moment I am trying to get used with the situation I left behing me. It’s hard for so many diffrerent points, but in my case must of all because of the things I appreciated and that I put in the beggining of this text.

            It puzzles me that most of people are kept away from me because something separetes me from them, I really feel there’s hugely different values between us. I don’t meet people who see beauty where I see and the few ones I know are my friends.

            I mourn, I really mourn each day a little more the enormous abyss that keeps me apart from other people.

sábado, 12 de novembro de 2011

            Quando eu ouvi pela primeira vez “Formato Mínimo” do Skank, me perguntei se por um acaso, Samuel Rosa tivesse se inspirado em “Construção” de Chico Buarque, por conta do uso das proparoxítonas ao final de cada verso. Talvez tenha sim se inspirado, senão seria muita coincidência.

            E nesse clima de “nada se cria, tudo se copia”, mas na melhor das intenções criativas, eu estive pensando: Sabe quando você ouve uma música, vê nela algo familiar e sente vontade de escrever algo com base naqueles dizeres?... Bom, eu pelo menos sinto! E irremediavelmente escrevo...

Às vezes, voltando andando do trabalho
Vejo e escuto coisas
E penso em tudo que está fazendo
Na minha cabeça, eu imagino as coisas que te diria

Quando chego em casa
Tudo o que quero é dormir
E eu sinto falta das suas malas exageradas
E do jeito que se veste

Você não vai se convidar a aparecer?...
Pare de bancar a sumida!

Você arranjou um cantinho pra morar?
Vai mesmo sair do país?
Comprou vestidos e sapatos novos?
Espero que encontre alguém
Que acerte as coisas pra você

Você continua não sendo nada objetiva?
Cozinhando tudo?
Falando e cantando em inglês, às vezes em espanhol?...

Terminou aquele livro, aquele bordado?
Ainda indo de bicicleta para o trabalho?
Espero que ainda esteja escrevendo

És infinita, sensível, linda
Estou com saudades e penso tanto em você

Despreocupo-me logo em seguida
Penso em como te perguntaria
(...)
Durmo e acordo...

Sempre me pergunto o que move a inspiração de um compositor. E acho interessante que muitas vezes não é nenhuma das razões que supomos. Essa mesma, por exemplo, uma aluna muito perspicaz me disse que na verdade, não são os pensamentos dela com relação à garota que dá nome à canção. E sim o desejo que esta mesma garota tem de que o outro sentisse essas inquietações a seu respeito. Nas palavras da aluna: “É ela!”Como quando o Chico Buarque escreve com um eu-lírico feminino, só que aqui ao contrário, entende?...

Momento de: (1) Acostumar-se com as (2) Faxinas necessárias e o (3) péssimo hábito que as pessoas tem de falar da vida alheia

(1):
As coisas simplesmente acontecem:
Acontecem quando você tenta e dá errado... Acontecem quando você confia e quebra a cara...
Para cada lágrima que derramar hoje, vai haver duas ou mais gargalhadas de arrancar o fôlego amanhã!
Algumas pessoas vão te amar pelo que você é, e outras vão te odiar pelo mesmo motivo. Acostume-se!


 (2):
Eu comecei minha faxina!
Tudo que não serve mais (pessoas, sentimentos, momentos) eu coloquei dentro de uma caixa e joguei fora.
Sem apego, sem melancolia, sem saudades...
A ordem é desocupar lugares, filtrar emoções.

(3):

Guerra nas Estrelas, Choros e Apelidos...
Drama Vader! Venha para o lado Maria da força!...
Engraçado como os apelidos surgem. Às vezes é do nada, às vezes têm uma história por detrás deles. Geralmente são criativas e essa sem dúvida é uma delas. O “surgimento” desses dois aqui misturam um pouco disso tudo. Tem algum tempo, entrou pra minha vida a pessoinha mais delicada (às vezes) que eu conheço. E um dia, do nada no carro eu disse: “Gente, a Flávia não é um docinho de coco?” Daí surgiu o Little Coconut Candy. A parte da criatividade não podia ficar nas mãos de outra pessoa que não fosse o Henrique, que com uma memória musical, já puxou “Doce de Coco”, de Jacob do Bandolim (1919 – 1969), que foi um virtuoso no seu instrumento, promovendo famosas rodas de choro em sua casa, nos anos 50 e 60, além de grande compositor. O choro que deu origem ao apelido da Flavinha é de 1951. Jacob também promoveu o resgate de compositores antigos e fundou o famoso conjunto Época de Ouro, com César Faria e Dino 7 Cordas. Dizem as boas e também não tão boas assim línguas que Little Coconut Candy tem passado muito tempo comigo... Também nas palavras de Henrique, quase um Padawan, uma aprendiz dos princípios e amores de Drama Maria (Vader), está cada vez mais se rendendo ao lado Maria da força!!! Tanto que até ganhou uma referência num gênero tão admirado por mim – o Choro!





Bom, estando eu e Flavinha Little Coconut Candy cada vez mais compartilhando esse lado da força, eu ia mesmo dizendo que escreveria sobre dois apelidos. Apelidos que coincidem nessa memória musical. Vamos para o outro então: Não sei porque quedas d’água, um belo dia Henrique teve um insight e me chamou de Drama Maria! Por duas razões o choro a seguir me cabe – porque tem uma certa melancolia e também porque é um dos mais capazes de me provocar uma imensa e inexplicável catarse. Meu Choro/Apelido é mais velho do que o de Flavinha e é do grande Pixinguinha (1897 – 1973). Lamento” é de 1928. Essa, o Henrique e sua admiração pelo Jazz vão curtir: “Pixinguinha foi criticado por composições como essa, por serem consideradas como tendo uma inaceitável influência do Jazz. Mas na verdade elas eram apenas avançadas demais para a época.” Valem também ressaltar que ele foi considerado um dos maiores compositores de choro de todos os tempo. (Uau!)





Para encerrar essa historinha, gostaria de dizer que é uma grande alegria para mim ter essa pessoinha especial na minha vida, e poder compartilhar (o que não é qualquer coisa), ainda que sejam apelidos que têm em comum nomes de choros é mais que uma honra. É Flá... Aparentemente temos mais coisas em comum do que se possa supor... rs!

domingo, 6 de novembro de 2011

The Versatile Blogger Award
Uau! Quanta honra! Recebi o convite de Ulisses Wehby de Carvalho do Blog http://www.teclasap.com.br/blog/, que tanto me ajuda e esclarece dúvidas do inglês. E o qual compartilho com meus alunos.

Essa brincadeira divertida chamada The Versatile Blogger Award, tem por finalidade  gerar o que antigamente se chamava linky love, e assim divulgar os blogs de que mais gostamos. De quebra, apresentamos ao leitor algumas curiosidades sobre quem escreve o blog. Dêem uma olhada nas regras da brincadeira, que estão abaixo:

As regras
1.      Agradeça a pessoa que lhe concedeu o prêmio e adicione um link para eles no seu post.

2. Conte sete coisas sobre você.

3. Atribua o prêmio a 15 blogs que gosta de ler e descobriu recentemente.

4. Entre em contato com os recebedores do prêmio para avisá-los sobre a menção.

Sete coisas que você (talvez) não sabia sobre mim
  1. Eu não sei nadar! É uma das grandes frustrações que tenho e adoraria aprender, mas também nunca crio vergonha na cara pra procurar uma escola. Talvez quando eu for velhinha e aposentada e tiver que ocupar meu tempo, me juntarei às senhorinhas nadadoras da terceira idade. Rs!

  1. Todo mundo tem algo que irrita muito facilmente. Acho que a coisa que mais me irrita não é das mais comuns – eu detesto que peguem no meu pé! E não me refiro ao sentido figurado não! É literalmente colocar a mão no meu pé... Eu me irrito rapidinho!

  1. Detesto gente certinha! É mais forte que eu gente! A pessoa vem toda engomadinha perto de mim, não grita, não fala palavrão, não conta mentirinhas pra se safar de uma situação chata, eu já acho o uó... Ow pessoinhas previsíveis!

  1. Tenho muitos sapatos, mas muitos mesmo! Dos quais muitos são de salto, mas eu odeio!!! Pago pra não usar salto! Rs!

  1. Eu só tenho cara de brava, sou super sensível. Eu choro muito fácil, mas muito fácil mesmo! Até em comercial de Doriana! Terrivelmente prática e consigo ser romântica sem ser o mel da vida de alguém, eca! Rs...

6.  Eu sempre quis ser professora, muito embora eu tenha me aventurado pela área da contabilidade antes de redescobrir o prazer da sala de aula, lá dentro de mim, eu sempre soube! Engraçado os caminhos tortos que pegamos, mesmo sabendo que não é bem por ali, não?... Ainda bem, que eles nos levam a aprender coisas boas!


Quinze blogs novos ou nem tão novos assim
In no particular order:

  1. Já entrei na roda. Neste aqui eu sou suspeitíssima. É do mais que querido, amigo do peito mesmo e estreante blogueiro Henrique Cândido. Tocador do caralho, imensamente criativo, agora nos dá a honra de compartilhar seus insights postando seus pensamentos ambíguos: http://jaentreinaroda.blogspot.com/

  1. Carreira Solo. Da também estreante blogueira Martha Benvenuto, que com muito humor descreve os altos e baixos do que ela mesma descreve como “solteira não, em carreira solo com algumas participações especiais!”: http://carreira-solo.blogspot.com/

  1. Achados de Moda. Indicação da tão recente, mas muito mais querida amiga Flavinha, que observando meu gosto por lenços e cachecóis, me indicou este blog cheio de dicas para este e muitos outros acessórios: http://achadosdemoda.blogspot.com/

  1. Livros e Atitudes. Também indicação super recente da amiga e professora Adriana Terezinha. Confesso que fiquei de cara ao me deparar com um blog de uma garota tão jovem e de tanta atitude literária, esse merece mais que parabéns: http://livroseatitudes.blogspot.com/

  1. Pensamentos Avulsos. A Mari eu não sabia que também era blogueira, fiquei feliz em ler o blog dela e perceber que em muitos momentos a obra não se desvincula do autor. Fica evidente no seu modo de escrever um pouqinho da Mari que eu conheço nos sábados de manhã na nossa pós: http://pensamentavulsos.blogspot.com/

  1. A Arte da Tradução. Achei este blog no meio dessa brincadeira. Aqui gostaria de registrar o grande prazer de se envolver, pois pra mim, que estou fazendo uma pós graduação em tradução, ler este blog ajuda e acrescenta muito: http://artedatraducao.blogspot.com/

  1. Cranberry Sauce. Adoro os texto, os poemas de Marcelo Mayer, me identifiquei muito. Acho que também sou uma incompreensível: http://cransauce.blogspot.com/

  1. Dois Cigarros e um Café. Gente, eu adoro esse blog! ADORO!!! São leituras simples e cotidianas de uma pessoa que eu de verdade adoraria conhecer: http://sguenis.blogspot.com/

  1. Esconderijo de Ana. Segundo Blog da Maine. Eu já gostava do outro, Infinitamente Pessoal, mas este também tenho acompanhado com suas ideias originais e um desejo de botar pra fora tudo em forma de escrita: http://esconderijodeana.blogspot.com/

  1. Julia e Pedro. Uma parceria do já citado Marcelo Mayer nos textos e Glauco Guimarães nas ilustrações. Sobre a vidinha do casal título, muito criativo, muito engraçado: http://juliaepedro.blogspot.com/

  1. Movies Segments for Warm-ups and Follow-ups. Este é mais um blog que descobri através dessa brincadeira. Achei simplesmente o máximo! São dicas de cinema que aliam aulas de inglês. Parabéns, Professor Cláudio! http://warmupsfollowups.blogspot.com/

  1. Num Balão. Já gostava desse blog, pelo mesmo motivo que gosto de tantos outros, mas essa semana, coincidentemente ou não, num momento de saudosismo eu li um post sobre Sampa (acho que é o mais recente). Foi um pouquinho difícil obrigar meu cérebro a não fazer links com as saudades que vou sentir dessa cidade, mas também foi bom reviver essas memórias: http://numbalao.blogspot.com/

  1. Risca e Faz de Novo. Esse é outro blog que eu adoro de verdade! Posso arriscar dizer que foi o primeiro que li, pelo menos o primeiro que eu levei a sério. Talvez o Leandro e a Maine nem saibam disso. Mas muito do que me inspirou a criar o meu blog, foi ter visitado tantas vezes os deles. Valeu! http://riscaefazdenovo.wordpress.com/

  1. Mulher no Boteco. Esse é da namorada de uma amigo de muuuitos anos – Nelson Davi. Quais são os pontos de vista de uma mulher em um boteco?.. Descubra: http://mulhernoboteco.blogspot.com

  1. Daquilo que não se vê. Gosto muito dos textos do Henrique Mine. Da naturalidade na escrita, da forma direta como expressa “aquilo que não se vê”: http://daquiloquenaoseve.blogspot.com

quinta-feira, 3 de novembro de 2011



Ler o novo Blog que estou seguindo e receber este texto hoje enviado por uma amiga, me fez mais uma vez constatar que nada nessa vida é coincidência – são uma série de fatos que vão-nos sendo mostrados por uma razão. A razão nem sempre fica clara, mas o aprendizado, quero sempre crer que sim! Para aqueles (tantos) que não gostam do Jabor, ignorem esse detalhe e dêem uma espiadela. Eu mesma já li coisas dele das quais não gostei, mas não sou tão extremista assim,  e este vale à pena:


Estamos com fome de amor
Por Arnaldo Jabor

       O que temos visto por aí ??? Baladas recheadas de gar
otas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes. Com suas danças e poses em closes ginecológicos, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirurgias plásticas, como se fossem ao supermercado e pedissem um corte de carne, mas... chegam sozinhas e saem sozinhas...

       Empresários, advogados, engenheiros, analistas, e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e....... sozinhos!

      
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer", incrível. E não é só sexo não! Se fosse, era resolvido fácil, alguém tem dúvida? Sexo se encontra nos classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas sexo!

       Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho, sem necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico na cama ... sexo de academia . . .

       Fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos, sem se preocuparem com as posições cabalisticas...

       Sabe essas coisas simples, que perdemos nessa marcha de uma evolução cega? Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção.

       Tornamo-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.

       Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos sites de relacionamentos "ORKUT", “FACEBOOK”, "PAR-PERFEITO" e tantos outros, veja o número de comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra viver sozinho!"

       Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários, em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis, se olharmos as fotos de antigamente, pode ter certeza de que não são as mesmas pessoas, mulheres lindas se plastificando, se mutilando em nome da tal "beleza"...

       Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento, e percebemos a cada dia mulheres e homens com cara de bonecas, sem rugas, sorriso preso e cada vez mais sozinhos.

       Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário. Pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso ter a coragem de encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa.

      
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodê, brega, famílias preconceituosas.

       Alô gente!!! Felicidade, amor, todas essas emoções fazem-nos parecer ridículos, abobalhados. Mas e daí? Seja ridículo, mas seja feliz e não seja frustrado. "Pague mico", saia gritando e falando o que sente, demonstre amor. Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais.

       Perceba aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, ou talvez a pessoa que nada tem a ver com o que imaginou, mas que pode ser a mulher da sua vida. E, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois?... Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? 


       Um ditado tibetano diz: "Se um problema é grande demais, não pense nele... E, se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele?"

       Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens e ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser estabanado.
O que realmente não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in. Que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas, maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda na TV, e também na playboy e nos banheiros. Eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos, gostamos sim de olhar, e imaginar a gostosa, mas é só isso, as mulheres inteligentes entendem e compreendem isso.

      
Queira do seu lado a mulher inteligente: "Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".

      
Porque ter medo de dizer isso, porque ter medo de dizer: "amo você", "fica comigo"? Então não se importe com a opinião dos outros, seja feliz!

       Antes ser idiota para as pessoas, que infeliz para si mesmo!