quarta-feira, 23 de novembro de 2011


Gente, antes de tudo: Adoro, adoro ela:
Que nada nos limite, que nada nos defina, que nada nos sujeite.
Que a liberdade seja nossa própria substância, já que viver é ser livre. Porque alguém disse e eu concordo, que o tempo cura, que a mágoa passa,
que decepção não mata, e que a vida sempre, sempre continua.
Simone de Beauvoir

O que me moveu a reunir essas ideias hoje, foi uma leitura que fiz. Dizia assim: “aprenda que as únicas pessoas que fariam de tudo por você são aquelas que já te amavam antes mesmo de você nascer”. Imediatamente me lembrei do meu primeiro sobrinho. Porque ele é exatamente isso pra mim – eu tinha quase quatro anos de idade, mas me lembro claramente de ficar hipnotizada quando olhava a barriga da mãe, esperando por ele. E de lá pra cá venho dizendo pra ele e pra todo mundo: eu sempre amei o meu sobrinho, mesmo antes de ele vir me conhecer!

Uma coisa sempre leva à outra. Esse texto é para ele!

Há umas semanas ele me disse assustado que havia sonhado comigo. Sonhou que eu tinha morrido. Por curiosidade e para deixá-lo mais tranqüilo, fui procurar o que aquilo significava e tamanha foi minha surpresa ao encontrar a seguinte definição: “sonhar com a morte não anuncia a morte física em si, só afirma que algo morreu, no sentido de desaparecer. O sonho com a morte quer dizer que algo terminou definitivamente em qualquer aspecto pessoal, profissional, sentimental ou mental da pessoa”.

Contei ao meu sobrinho os vários acontecimentos que estavam me atravessando e ele aliviado: “Então foi isso, o sonho é uma demonstração de como na nossa ligação, eu pressenti em sonho as suas decisões”.

E assim tem estado as coisas desde que tomei essas séries de decisões:

Tá difícil, tô triste, tô magoada, tá foda, tá tudo estranho. Mas, tô aqui, tô de pé! Engraçado como para algumas pessoas é natural procurar nos outros, aquilo que negam nelas. Quando julgam, quando apontam, quando tiram suas conclusões limitadas e pequenas, mas não tem nada não! Bonito mesmo é essa coisa da vida: um dia, quando menos se espera, a gente se supera. E chega mais perto de ser quem na verdade a gente é.

Outra coisa que tenho observado é minha pouca paciência. E totalmente sem rodeios digo que tenho pensado que antes ser antipática do que falsa. Afinal, o que é ser simpática? Fingir que gosto de todo mundo? Então, meu caro, se eu não for com a sua cara, não conte com a minha simpatia. Chega de confundir falsidade com educação! Eu sempre digo que não gosto de pessoas simpáticas demais. Pessoas muito fofas me enjoam. Posso ser sincera demais, e ter imagem de grossa. Mas no final, sou mais verdadeira que muitas pessoas à minha volta. Há quem duvide, mas amo todo mundo! Alguns eu amo ter por perto, outros eu amo… evitar, outros eu amo bem longe de mim… E tem aqueles que eu amaria nem ter conhecido.

Eu prefiro as pessoas que conseguem ver o lado claro das coisas, mesmo que todo dia anoiteça. Gente que se abala com os fatos sim, mas que não quer derrubar a estrutura do outro só pra vê-lo no mesmo nível em que estão. Com o tempo a gente aprende que todos têm o ônus e o bônus, mas poucos conseguem carregar dores e doçuras sem despejar em ninguém suas amarguras. Eu ainda acredito mais em sonhadores incuráveis do que em caçadores de mágoas.

Sou pessoa de dentro pra fora. Minha beleza está na minha essência e no meu caráter. Acredito em sonhos, não em utopia. Mas quando sonho, sonho alto. Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente. Sou isso hoje... Amanhã, já me reinventei. Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim. Sou complexa, sou mistura...  Me perco, me procuro e me acho. E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar... Não me dôo pela metade, não sou meio amiga nem quase amor. Ou sou tudo ou sou nada. Não suporto meio termos. Sou boba, mas não sou burra. Ingênua, mas não santa. Sou pessoa de riso fácil...e choro também!
  
Ando mesmo precisando de surpresas... De aventuras, de coisas que me tirem do sério. Eu caminho pela vida desviando do tédio... Adoro as surpresas que a vida me prepara, ela me pega de jeito e é por isso que adoro ela.  Sinto as coisas boas da vida e sorrio :) O Futuro anda me preparando coisas deliciosas...

E pra fechar: A vida é feita de escolhas. Quando dou um passo para frente, alguma coisa fica para trás.

2 comentários:

  1. CACETA! Eu adoro escrever no blog, mais comentar não é uma tarefa muito fácil. Esse quadrado de comentários não funciona direito, DROGA! =/
    Vou tentar mais uma vez!!!

    Fa sua linda, vou compartilhar com vc, eu acredito muito nessas coisas de sonhos... fantástico seu sobrinho estar nessa sintonia com vc, e de 'prever' em pensamentos que vc anda 'matando' os seus leões diários. Força mulher! Vc é incrível...
    e se prepare:
    " O futuro anda te preparando coisas deliciosas..."
    Bjão sua linda!

    To com saudades...

    Mah
    http://carreira-solo.blogspot.com/

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  2. Ai, ai, ai... Fabinha!!!! Só hoje tive oportunidade de entrar no seu blog e responder/comentar seu texto. Foi bom, por conta de poder observar, ainda que panoramicamente, o conjunto dos textos aqui postados. Este seu momento de mergulhar no abismo que separa seu ser do "mundo natural" dos "merdais" - em que as pessoas são ultra previsíveis e as coisas já estão dadas - realmente sufoca a inteligência e enche muitiiiisimo o saco! O cansaço pega para valer.

    Lembrando Drummond: "Vai, Fabinha ser gauche na vida" (1).
    E reforçando com Capinam, parafraseando o verso anterior: "Vá Fabinha desafinar o coro dos contentes".(2)
    É isso!!!

    (1) A palavra gauche (lê-se gôx), de origem francesa, corresponde a "esquerdo" em nosso idioma. Em sentido figurado, o termo pode significar "acanhado", " inepto". Qualifica o ser às avessas, o "torto", aquele que está à margem da realidade circundante e que com ela não consegue se comunicar. É assim que o poeta se vê. Logicamente, nesta condição, estabelece-se um conflito: "eu" do poeta X realidade. Na superação desse conflito, entra a poesia, um veículo possível de comunicação entre a realidade interior do poeta e a realidade exterior.
    (2) LET'S PLAY THAT
    Torquato Neto (musicado por Jards Macalé)

    Quando eu nasci
    um anjo louco muito louco
    veio ler a minha mão
    não era um anjo barroco
    era um anjo muito louco, torto
    com asas de avião

    eis que esse anjo me disse
    apertando minha mão
    com um sorriso entre dentes
    vai bicho desafinar
    o coro dos contentes
    vai bicho desafinar
    o coro dos contentes

    Let's play that

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