Ai, que burro! Dá zero pra ele, professor!
Sabe o que seria realmente útil? Que quando duas pessoas se conhecessem, uma entregasse pra outra um manual sobre si com todas as instruções. Todos os significados, curiosidades, o que deve ou não ser feito ou dito... Enfim, uma cartilha de como agir e o que a vida e as relações significam para aquela pessoa. Isso ia simplificar tanto tantas coisas. E iria evitar tantas outras.
Provavelmente só eu penso numa coisa descabida dessas, mas acredito que um manual do que fazer e falar (ou não) iria ser um adianto precioso na minha vida em certas ocasiões. Eu sinto de uma forma diferente e tenho passado muito tempo comigo mesma. Ainda que more com meus pais e meu irmão (e seja algo que quero mudar loguinho!!), passo muito tempo comigo e quando se passa algum tempo consigo você dá mais valor às palavras e aos sentimentos quando existe a presença de outra pessoa. Ou pelo menos foi isso que estar a maior parte do tempo comigo provocou em mim. E você não vai gastá-los com qualquer um porque, né... Nunca tem ninguém. Ou seja, quando tem, você não pode desperdiçar o momento. E nem desperdiçar palavras e sentimentos à toa.
E não tem sensação pior nesse mundo que a de quando você está expondo as palavras mais sinceras pra uma pessoa que é realmente importante pra você e ela não percebe o significado de tudo aquilo. Parece que o coração vai se partir em mil pedaços tamanha a frustração.
Ou então quando você e outra pessoa aparentemente falam uma pra outra de um mesmo sentimento, ou de sentimentos que se aproximem, mas numa escala de 0 a 10 você sente no 10 e a pessoa no 1, só pra não falar que não sente nada. Desconcertante.
Como? Como pode isso? Me explica como pode? Tudo bem que hoje em dia "eu te amo" está mais obsoleto do que aquele bom dia que você dá pra vizinha que odeia do fundo da alma, e que só diz porque recebeu educação suficiente em casa. Mas pra mim essa obsolescência não existe. Não quando essas palavras saem da minha boca. E no fim das contas esse é o ponto. Eu sei o tamanho da sinceridade do que sinto, as outras pessoas não. Tem coisa mais complicada que isso?
Como? Como pode isso? Me explica como pode? Tudo bem que hoje em dia "eu te amo" está mais obsoleto do que aquele bom dia que você dá pra vizinha que odeia do fundo da alma, e que só diz porque recebeu educação suficiente em casa. Mas pra mim essa obsolescência não existe. Não quando essas palavras saem da minha boca. E no fim das contas esse é o ponto. Eu sei o tamanho da sinceridade do que sinto, as outras pessoas não. Tem coisa mais complicada que isso?
Me sinto perdida nesse planeta. Tantas coisas são faladas sem motivo nenhum, sem verdade nenhuma. E não falo sobre frivolidades do dia a dia. Falo de coisas sérias, de sentimentos. Algo do tipo "vou falar o que Fulano quer ouvir pra ele calar a boca logo e eu poder ler meu jornal na santa paz de Deus" e aí vai lá e fala. Assim, fácil, fácil. Sem culpa e sem nada. Sem nem pensar, eu acho.
Me sinto tão perdida que chego a me achar idiota. Dou tanta importância ao que ninguém dá. A vida não iria fluir muito mais fácil se eu simplesmente não ligasse pra esse tipo de besteira? Se eu não ficasse horas e horas pensando em como alguém me machucou com um punhado de palavras e sequer percebeu?
No fundo eu sei que fico tentando decifrar o outro como se ele fosse um cubo mágico quando na verdade é um quebra-cabeça de no máximo 30 peças. Mas é como quando se está fazendo uma prova de matemática e essa sempre foi a minha pior matéria, sabe? A pergunta é "quanto é 1+1?", mas daí você olha, olha e pensa que não deve ser simples daquele jeito. Tem uma pegadinha ali. O professor é um mal amado. E daí você começa a calcular a raiz quadrada do quadrado dos catetos e soma com uma hipotenusa que sabe lá Deus de onde surgiu. E aí você já errou a fórmula que nem era pra ter sido utilizada e, pronto, vai repetir de ano pra deixar de ser otário.
É mais ou menos assim que as coisas acontecem na minha vida... Dá zero pra mim!